sábado, 12 de junho de 2010

Diversidade cultural -

Relatório Mundial da UNESCO: Investir na diversidade cultural e no diálogo intercultural; resumo

Brasília: UNESCO Brasilia; Paris: UNESCO, Delegação Permanente de Portugal junto à UNESCO, Delegação Permanente do Brasil junto à UNESCO, 2010. 40 p.

Download gratuito (PDF, 2 Mb)

Somente disponível on line - Cópias impressas da tradução em português estarão disponíveis para distribuirão em breve.

Resumo: O tema da diversidade cultural vem suscitando um interesse notável desde o começo do século XXI e suas interpretações têm sido variadas e mutáveis. Para alguns, a diversidade cultural é intrinsecamente positiva na medida em que se refere a um intercâmbio da riqueza inerente a cada cultura do mundo e, assim, aos vínculos que nos unem nos processos de diálogo e de troca. Para outros, as diferenças culturais fazem-nos perder de vista o que temos em comum na condição de seres humanos constituindo, assim, a raiz de numerosos conflitos. Este segundo diagnóstico parece hoje mais crível uma vez que a globalização aumentou os pontos de interação e fricção entre as culturas, originando tensões, fraturas e reivindicações relativas à identidade, particularmente a religiosa, que se convertem em fontes potenciais de conflito. Por conseguinte, o desafio fundamental consistiria em propor uma perspectiva coerente da diversidade cultural e, portanto, clarificar que longe de ser uma ameaça, a diversidade pode ser benéfica para a ação da comunidade internacional.

É esse o objetivo essencial do Relatório Mundial Investindo na Diversidade Cultural e no Diálogo Intercultural produzido pela UNESCO com a colaboração de especialistas de vários países do mundo.

O estudo mostra a importância da diversidade cultural nos mais variados domínios de intervenção (línguas, educação, comunicação e criatividade) e oferece sólidos argumentos para decisores e atores sociais sobre a importância de se investir na diversidade cultural como dimensão essencial do diálogo intercultural, na construção de estratégias para o desenvolvimento sustentável, na garantia do exercício das liberdades e dos direitos humanos e no fortalecimento da coesão social e da boa governança.

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2010 – Ano Internacional para a Aproximação das Culturas

2010 – Ano Internacional da Biodiversidade

terça-feira, 18 de maio de 2010

Performance

Ela retira do armário o lençol. Dele se despregam memórias variadas de um "a dois". Era tarde de sexta feira quando elas entraram no quarto do casal, portando flores, incensos, vinho e pães e um lençol. A mais velha toma dela o lençol e se põe a arrumar a cama. Era uma iniciação. uma mulher adulta. Era um ritual.
[...]

Sob o tecido muitas estórias foram escritas ao longo dos anos, as bainhas puidas pelo tempo e a máquina de lavar roupas, as marcas garantindo que uma vida se fez sob ele.

Início e fim. sob um lençol branco o cinza de um "e".

Ela bateu o lençol, sacudiu suas marcas, era ele, era com ele que dançaria. Era dele que se despedia.
Lençol e tesouras e fitas e linhas e outras mulheres. Lençol que faz nascer, que faz morrer. Lençol de embalar, de cobrir, de quarar a vida.

Em sua face superior escrevera: O que estás deixando de ser?
na inferior:O que estás te tornando?

Entoou uma ladainha, cantou pros mortos, dançou nos braços de ninguém, navegou no fora do tempo.Com outras mulheres, dançou. pintou, marcou o tecido. Fez roupa nova.
Pedaço do manto utilizado na execução da Performance em março de 2010.

O que estás deixando de ser, O que estás te tornando

Ela retira do armário o lençol. Dele se despregam memórias variadas de um "a dois". Era tarde de sexta feira quando elas entraram no quarto do casal, portando flores, incensos, vinho e pães e um lençol. A mais velha toma dela o lençol e se põe a arrumar a cama. Era uma iniciação. uma mulher adulta. Era um ritual.
[...] Sob o tecido muitas estórias foram escritas ao longo dos anos, as bainhas puidas pelo tempo e a máquina de lavar roupas, as marcas garantindo que uma vida se fez sob ele.

Início e fim. sob um lençol branco o cinza de um "e".

Ela bateu o lençol, sacudiu suas marcas, era ele, era com ele que dançaria. Era dele que se despedia. Lençol e tesouras e fitas e linhas e outras mulheres. Lençol que faz nascer, que faz morrer. Lençol de embalar, de cobrir, de quarar a vida.

Em sua face superior escrevera: O que estás deixando de ser
na inferior:O que estás te tornando
Entoou uma ladainha, cantou pros mortos, dançou nos braços de ninguém, navegou no fora do tempo.
Com outras mulheres, dançou. pintou, marcou o tecido. Fez roupa nova.


Derivas e navegações

um ano. Quase um ano depois consigo voltar ao blog para seguir com o trabalho.
Neste um ano, muitos tantos trabalhos aconteceram. a performance "o que estou deixando de ser, o que estou me tornando" seguiu seu curso com dois momentos de encontro.
um em 2009 no Sarau do Espaço Atitude em Porto Alegre. e um em 2010 no Laboratório do Processo Formativo.
cartas e trajetos é um novo projeto. logo, terei imagens dele também.